sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Palavra: "Tipo crente"


15/08/12
Palavra: "Tipo crente"

E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome. E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. (Mateus 21:18, 19 ARC)

Jesus estava com fome e se dirigiu a uma figueira. De longe ele havia a avistado e sua aparência devia ser boa, pois Jesus foi até ela. Mas chegando lá encontrou apenas folhas. Ele a amaldiçoou e ela secou imediatamente. Como será que estão nossas vidas? O que ela tem mostrado ser de longe e o que realmente é de perto? Quando se exige a manifestação daquilo que somos, temos correspondido como homens e mulheres de Deus?
Um comercial na TV tem mostrado uma comparação de serviços de internet e o concorrente se classifica como "tipo" o que está sendo divulgado. Assim tem sido a vida de muitos cristãos, que vão à igreja, mas não adoram, tem uma Bíblia, mas não lêem, sabem do poder da oração, mas não oram. Seu estilo de vida é "tipo de oração", "tipo de jejum", "tipo de santidade", "tipo de leitura bíblica". Ele é um "tipo crente".
Nos tornamos um "tipo crente" quando freqüentamos uma igreja, sabemos o que temos que fazer, que precisamos orar, ler a Palavra, jejuar, buscar à Deus, evangelizar, amar ao próximo e não fazemos estas coisas. Todos olham para nossas vidas e nos vêm com toda disposição dentro da igreja, cantando em meio aos louvores, dizendo: eis-me-aqui aos chamados de Deus. As pessoas devem pensar: que homem de Deus! Como vive em intimidade com o Espírito Santo! Mas quando vêem nossa vida no dia-a-dia, será que podem dizer o mesmo? Tem havido a mesma busca que demonstramos na igreja?
Há quanto tempo ouvimos falar da necessidade de uma vida de consagração, de investir tempo diariamente na presença do Senhor? Será que temos realmente vivido assim, ou tem sido uma vida "tipo" de consagração? Jesus quer quebrar as "fachadas" religiosas, Ele não está preocupado com esta vida de aparência, é preciso verdade nesta busca.
O que acontece hoje é que nos orgulhamos quando temos dias de busca e intimidade, contamos pra todos. Isso é uma vergonha pra nós cristão. Intimidade na oração tem que ser rotina e não evento. Não devemos nos orgulhar da obrigação que temos.

Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. (Isaías 53:1-5 ARC)

Esta passagem refere-se ao Messias. Quando Jesus estava na cruz não estava com uma aparência bonita de se ver, mas em sua essência estava o cumprir da vontade do Pai. Muitos se incomodam em encontrar cristãos que não se pareçam, exteriormente, com cristãos. Demoram para desejar a paz do Senhor, pois ficam com o pé atrás diante da "carcaça" que viram. Mas o problema não está em quem não parece, mas é. O problema está naqueles que se parecem, mas não são.
Em Mateus 23:1-28, Jesus adverte os escribas fariseus que carregavam um exterior religioso, uma aparência bonita, mas tinham seu interior imundo. Quem os olhava de longe viam verdadeiros mestres, como eles mesmos gostavam de ser chamados, mas quando via-se os corações nada havia de Deus naqueles homens. Devoravam as casas das viúvas, com pretexto de prolongadas orações e tinham as portas do reino dos céus fechadas para si. Todo um exterior bonito, mas por dentro estavam podres.

Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. (Romanos 2:28, 29 ARC)

Temos que nos desprender desta preocupação pela beleza apenas exterior, que ganha apenas aprovação dos homens. Os cultos, a adoração tem que se parecer mais com a reverência dos céus, do que com o formalismo da terra. A igreja de Cristo precisa parar de se preocupar com "sua fachada", com os comentários que fazem ao nosso respeito pelo nosso estereótipo. Precisamos sim de uma limpeza e mudança interior. Devemos buscar a essência da vida cristã. Sem que outros vejam, mas que realmente seja uma vida de intimidade ao Senhor.

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos. E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida. E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco. Porque tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus. Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (2Coríntios 4:6-18 ARC)

Nossa preocupação não deve ser pela lutas enfrentadas, ou deixar o desanimo abater por causa das dificuldades vividas. Ainda que nosso corpo esteja cansado, com marcas das lutas, o nosso interior deve permanecer inabalável, firme em Cristo. Devemos viver mais preocupados com a nossa santidade do que com a nossa felicidade. Porque aquilo que é exterior é passageiro, mas a fé, a santidade e intimidade com Deus estão relacionadas à eternidade.
Nossa família, a sociedade, nossos amigos, tem esperado algo de nossas vidas. Uma postura diferente, uma oração, uma orientação que venha de Deus, afinal hoje dizemos ser cristãos, freqüentamos a igreja, adotamos um "linguajar crentês", mas não é disto que eles precisam. Não é isto que o Senhor espera de nós, Ele tem procurado algo que não seja apenas aparente, mas que traga frutos de um verdadeiro relacionamento.
A vida com Jesus não é de meia verdade, é sim sim ou não não. Devemos refletir ou temos tido uma vida de dedicação e consagração à Deus ou precisamos encarar que não está certo, que alguns pontos devem ser revistos, prioridades colocadas no lugar, nos arrepender disto e começar pra valer. Não podemos mais viver de máscaras, isto não é servir ao Senhor, podemos até enganar aos homens, mas não à Deus.


Seja um crente verdadeiro!

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